Formulação de Estratégias para a Resiliência Territorial frente a Desastres Socionaturais

Quem pode se inscrever?

Titulares de cargos de liderança nos níveis de gerência, diretoria ou secretaria em órgãos e entidades federais, estaduais e municipais (a partir de FCE/CCE 13 ou equivalentes ou a partir de FCE/CCE 10 ou equivalentes em ações afirmativas).

Critérios de Seleção

• 40% de reserva de vagas para pessoas negras;

• Paridade de gênero;

• Diversidade de órgãos;

• Diversidade regional.

Objetivos

Ao final do curso o participante deverá ser capaz de:

• Conhecer conceitos básicos e ferramentas teóricas aplicáveis à formulação de estratégias de resiliência territorial face a catástrofes socionaturais: o território; desastres socionaturais; riscos e suas variáveis; a abordagem da capacidade para a resiliência territorial.

• Conhecer a arquitetura institucional que os países da região possuem para a gestão do risco de desastres; bem como os princípios e marcos de ação propostos pela agenda internacional sobre o tema.

• Analisar as formas e potencialidades da incorporação da gestão do risco de desastres nos instrumentos de planejamento para o desenvolvimento dos territórios.

• Conheça casos emblemáticos de planejamento para gestão de riscos de desastres e resiliência em territórios da América Latina e Caribe.

• Produzir uma proposta de planejamento territorial integral para lidar com desastres socionaturais, que possa ser utilizada como instrumento de gestão de riscos em territórios locais e subnacionais.

Metodologia

Serão utilizadas metodologias participativas e colaborativas, coerentes com os pilares do ensino-aplicação preconizados pela Enap. Prioriza-se a aprendizagem vivencial teórico-prática, em que o conhecimento é construído conjuntamente a partir das experiências dos participantes e estimulando a reflexão e o desenvolvimento de estratégias de aplicação. O conteúdo será explorado por meio de atividades em grupo e compartilhamento das percepções entre as pessoas.

O curso terá duração de 6 semanas, com um sistema misto de transferência de conteúdo teórico-prático: aulas assíncronas semanais e pelo menos 1 sessão síncrona por semana. Nas primeiras 4 semanas, haverá uma sessão síncrona por semana de um tema central da unidade, por meio da plataforma virtual de aprendizagem da CEPAL nos seguintes formatos: aulas, vídeos, cápsulas e bibliografia recomendada. Durante as últimas 2 semanas, os participantes deverão desenvolver um trabalho de grupo de aplicação de conteúdos, para o qual contarão com o apoio de tutores em sessões de workshop síncronas. O dia e a hora destas sessões podem ser ajustados consoante a disponibilidade de horário da maioria.

Principais tópicos

Semana 1 – Fundamentos conceituais

• Território e desastres

• Percepção social do risco

• Vulnerabilidade e interseccionalidade

• Resiliência individual, comunitária e territorial

Semana 2 – Marcos institucionais e instrumentos internacionais

• Marco de Sendai, Acordo de Paris e Acordo de Escazú

• Políticas nacionais e multiescalares de gestão de riscos

• Planejamento territorial e prospectivo

Semana 3 – Papel dos atores e comunicação de riscos

• Estado e comunidades: capacidades e intervenções

• Participação cidadã e modelo Wisner

• Memória comunitária e comunicação de riscos

Semana 4 – Liderança e interseccionalidade

• Liderança colaborativa e gestão de vulnerabilidades

• Perspectiva de gênero

• Casos brasileiros de gestão de riscos

Semanas 5 e 6 – Aplicação prática

• Construção em grupo de propostas de resiliência territorial

• Uso de metodologia ILPES/CEPAL

Outras Informações

Coordenadora de curso Alicia Williner

Historiadora (UNL-Argentina), Magíster en Gestión Educacional (PUC-Chile), Doctora en Ciencias Sociales

(ARCIS-  Chile). Funcionaria del área de planificación, prospectiva y desarrollo territorial del ILPES.

Sus áreas de especialización se relacionan con la formación de capacidades públicas, en particular en procesos de planificación participativa con perspectiva de género, territorio y gestión de riesgos y desarrollo territorial. Es coordinadora del Observatorio regional de planificación para el desarrollo de ILPES-CEPAL

Co-coordenadora de curso Maria dePilar Délano

Cientista política (PUC Chile) con experiencia en planificación y desarrollo territorial, integrando enfoques de género y la Agenda 2030 en su trabajo. Posee un Magíster en Gerencia para el Desarrollo por FLACSO. Además, cuenta con conocimientos en herramientas analíticas como R, STATA y QGIS.

Fue fundadora de la ONG Escuela Ciudadana, una organización dedicada a la educación cívica, y ha liderado proyectos con instituciones educativas y gobiernos locales.

Docentes convidados

Adriana Campelo

Oficial Nacional e Coordenadora Regional do UNDRR (Escritório das Nações Unidas para Redução do Risco de Desastres) para as Américas e o Caribe.

Líder de equipe e executiva com experiência internacional e histórico comprovado em questões relacionadas à resiliência urbana, mudanças climáticas, desenvolvimento econômico sustentável e criação de lugares.

João Bosco de Azevedo 

Formado em engenharia cartográfica (2000) pela UERJ e com cursos de Pós-Graduação, Mestre em Geomática (2003) pela UERJ e Especialização em Infraestrutura de Dados Espaciais (2007) pela Politécnica de Madrid. Atualmente é doutorando do curso de Pós-graduação em População, Território e Estatísticas Públicas pela ENCE.Desde 1994 exerce atividades na área de cartografia, iniciando sua vida profissional no Serviço Geológico Brasileiro SGB. Em 2002 iniciou suas atividades no IBGE na Coordenação de Cartografia da Diretoria de Geociências. De 2009 a 2011 chefiou a Coordenação de Cartografia. Na Diretoria de Geociências ocupou a função de Diretor-adjunto de Geociências até 2018 e de Diretor de Geociências até 2020. Também no IBGE exerceu a Secretário-Executivo da CONCAR e membro do Comitê Nacional de Cartografia do IPGH, do grupo de peritos na Gestão da Informação Geoespacial Global da ONU e do Comitê Estratégico do Programa Nacional de Levantamento e Interpretação de Solos no Brasil.Atualmente é professor assistente do Departamento de Engenharia Cartográfica da UERJ e dos cursos de Graduação em Estatística e de Pós-graduação Lato Sensu em Análise Ambiental e Gestão do Território, ambos da ENCE.

Ivone Batista

Diretora de Geociências-IBGE

Possui graduação em Geografia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1997), graduação em Turismo pela Universidade Estácio de Sá (1991), mestrado em Geografia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (2001) e doutorado em Geografia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (2006). Atualmente é tecnologista em informação geográfica e estatísticas da Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Tem experiência na área de Geociências, com ênfase em Estudos Ambientais, ressaltando sua atuação nos temas estatísticas, indicadores e contas econômico ambientais e de ecossistemas.

Autores dos estudos de casos brasileiros

Izabela da Silva Jatene 

É antropóloga, professora doutora da Universidade Federal do Pará, desde 1994, foi diretora da Faculdade de Ciências Sociais (2021-2023), é professora do Programa de Pós-Graduação em Segurança Pública, UFPA. Especialista em Gestão de Projetos Sociais, FGV-Rio, Mestra em Antropologia Social, UFPA, Doutora em Ciências Sociais, PUC-Rio,  Foi membra do Comitê Latino Americano para Prevenção de Drogas e Crimes (COPLAD – ONU). Tem experiência em elaboração e gestão de projetos, gestão pública, integração, educação, direitos sociais - gênero, orientação sexual e juventudes. Atuou na gestão pública, por 15 anos, como coordenadora de programas e serviços de atendimento integrados à mulheres vítimas de violência. Foi secretária de estado de Integração de Políticas Sociais e de Municípios Sustentáveis, atuando nas áreas – social e ambiental, com a implantação de programas com reconhecimento internacional (ONU - UNODC, ILANUD, UNICEF). Atualmente é membro da Comissão Executiva da UFPA para COP30  e integrante da Global Mental Health Action Network, onde vem desenvolvendo um trabalho sobre Saúde Mental e Clima.

Andreici Marcela Araújo de Oliveira 

Doutora em Sociologia (UFPA). Mestre em Ciência Política (UFPA), com pesquisa relacionada à participação política, teoria democrática e movimentos indígenas. Especialista em Política de Gestão e Financiamento da Educação (UFPA), com foco no Financiamento da Educação Escolar Indígena no Estado do Pará. Graduada em Ciências Sociais (UFPA), com ênfase em Sociologia. Membro do Grupo de Estudos sobre Populações Indígenas Eneida Assis (Gepi) e do Projeto IQ: conhecimento e resistência.

Daiane Menezes 

Assessora Técnica para Políticas Sociais da SPGG. Foi Subsecretária de Projetos Estruturantes da SERG (2024–2025), Diretora na SEPLAN/MPO durante a elaboração do PPA 2024–2027 e assessora no mesmo órgão (2023–2024). Atuou na SEDUC como coordenadora do Centro de Educação Baseada em Evidências (2022) e no DEE/SPGG como Diretora Adjunta e Chefe da Divisão de Análise de Políticas Sociais (2019–2022). Coordenou o GT de Políticas Sociais e Educação do Comitê de Dados do Gabinete de Crise da Covid-19 no RS (2020–2021). Trabalhou no Núcleo de Monitoramento e Avaliação de Políticas Públicas da SEPLAG (2018). Pós-doutora pela UNISINOS e PUCRS, com doutorado (2014) e mestrado (2008) em Ciências Sociais pela PUCRS. Tem graduação em Comunicação Social - Habilitação Jornalismo pela UFRGS (2005).

Jorge Alexandre Neves 

Professor Titular do Departamento de Sociologia da UFMG. É Bacharel em Ciências Sociais e Mestre em Sociologia, ambos pela UFPE, tendo concluído o Ph.D. na Universidade de Wisconsin-Madison/EUA. Trabalha nas áreas de sociologia econômica e das organizações, estratificação social e políticas públicas, com estudos recentes sobre economias extrativistas e desenvolvimento sustentável. É, ainda, especialista em métodos quantitativos e ciência de dados. Tem desenvolvido trabalhos de consultorias para empresas privadas, instituições públicas e organizações do terceiro setor.

Atenção!!!

As turmas deste curso são realizadas no horário de Brasília. Para saber o horário específico da turma basta clicar em "Ver datas".
● A participação mínima de 80% nas aulas é obrigatória para certificação.
● O processo de seleção e a comunicação com a Enap são realizados por meio do Portal Enap, por isso é importante manter o cadastro sempre atualizado.
● Dificuldades ou problemas para logar ou fazer sua inscrição pelo Portal da Enap? Envie mensagem para cse@enap.gov.br.
● Dúvidas sobre o curso: altosexecutivos@enap.gov.br.