Curso de Extensão do PPGEnap em parceria com o CBAE/UFRJ

Data: 14 a 18/08/2023. Das vagas: Serão abertas 20 vagas para o curso. As inscrições podem ser feitas pelo Suap. As matrículas estão sujeitas à análise da CGPOS Modalidade: Presencial, com algumas atividades remotas.

Icone presencial

Presencial

30h

Carga horária

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Detalhes

A Escola Nacional de Administração Pública tem se constituído como referência no desenvolvimento de competências profissionais e institucionais fundamentalmente sintonizadas com as especificidades do Serviço Público, de acordo com as linhas de atuação previstas em seu Plano de Desenvolvimento Institucional - PDI, 2020-2024. A pós-graduação, nesse diapasão, busca ofertar capacitação de alto nível, promovendo a discussão de temas de fronteira e o adensamento da pesquisa, de modo a garantir um ambiente mais propenso ao debate dos problemas de políticas públicas brasileiras. Para isso, além das disciplinas ordinárias ofertadas na grade curricular, oferecem-se também cursos extraordinários, com professores e pesquisadores convidados especialmente para introduzir novas abordagens, metodologias e enquadramentos para os temas mais afetos à função de Governo. Uma dessas oportunidades de oferta desses cursos extra é a extensão universitária. Um Curso de extensão é a ação pedagógica de caráter teórico e prático, presencial ou a distância, planejada e organizada de modo sistemático para atender às necessidades da sociedade, visando ao desenvolvimento, à atualização e ao aperfeiçoamento de conhecimentos, com carga horária mínima de 20 horas e critérios de avaliação definidos. A extensão universitária tem como objetivo ampliar os conhecimentos do estudante em áreas específicas, entrelaçada com a oferta do curso regular. Por se tratar de temas mais direcionados, sua carga horária é mais curta e não atribuem certificação profissional. Ao contrário da pós-graduação, o curso de extensão não exige que o aluno tenha formação universitária, o que o torna uma alternativa de imersão ao estudante que busca compreender o dia-a-dia do profissional e do mercado que possui afinidade. No caso do PPGEnap, o público-alvo desses cursos vai além de servidores públicos efetivos e estáveis e/ou empregados públicos concursados, podendo recepcionar participação de servidores não efetivos (por exemplo, ocupantes de cargos comissionados) e estudantes outros. Os cursos de extensão do PPGEnap são cursos complementares às atividades do Programa e, portanto, não fazem parte da matriz curricular dos Cursos de Mestrado e Doutorado da Enap. Eles oferecem uma oportunidade única de aprimoramento acadêmico e profissional, permitindo que os participantes ampliem seus conhecimentos e habilidades em áreas de interesse específicas, por meio de um ambiente de networking e troca de experiências enriquecedoras com professores renomados. À medida que as áreas do conhecimento avançam rapidamente, é fundamental que os profissionais estejam atualizados em relação às últimas tendências, práticas e pesquisas. Os especialistas renomados trazem consigo o conhecimento mais atualizados e podem fornecer insights valiosos sobre as mudanças e inovações nas suas áreas. Os cursos ofertados podem oferecer uma atualização aos docentes e discentes do PPGENap. Também contribuem para a consolidação e conferem prestígio ao Programa, bem como promove mais interesse e reconhecimento por parte de alunos, pesquisadores e possíveis parceiros institucionais. Como já mencionado anteriormente sobre este aspecto, é necessário propiciar à Administração a oportunidade de acesso ao conhecimento necessário para enfrentamento aos problemas que a nova gestão federal reconhece como prioriade. Entende-se que os desafios contemporâneos postos aos Estados contemplam o enfrentamento às novas dinâmicas sociais de produção, a globalização dos mercados, a internacionalização das cadeias de produção, os requisitos do desenvolvimento na economia do conhecimento, bem como aqueles desafios que persistem e se intensificam, no sentido da consolidação da democracia e da justiça social. Assim, é absolutamente fundamental o fortalecimento do papel do Estado como entidade coletiva que ocupa centralidade institucional e fornece os parâmetros de sustentação e as garantias para o desenvolvimento, entendidos aqui em sua integralidade social, econômica e ambiental. O Winter Course, aqui ofertado em parceria com o Colégio Brasileiro de Altos Estudos da Universidade Federal do Rio de Janeiro, propõe a realização de 4 (quatro) cursos de extensão, conforme apresentado a seguir.

 

Objetivos: Os cursos de extensão visam a oferecer aos participantes o aprimoramento do conhecimento em um conteúdo específico, com uma carga horária reduzida, complementando os conteúdos das disciplinas ofertadas e o campo de estudos no Programa. Visam também a fortalecer o desenvolvimento profissional dos discentes e docentes de modo a colaborar com a consolidação dos programas de pós-graduação stricto sensu.

Público-alvo:  Docentes e discentes dos programas de pós-graduação stricto sensu da Enap. - Servidores das Instituições: BNDES, Embrapa, CGEE, MCTI, MPO, MGI, entre outros. - Sociedade em geral.

Instituição Parceira: O Colégio Brasileiro de Altos Estudos da Universidade Federal do Rio de Janeiro, foi instituído em 2004, com o objetivo de reunir os centros de excelência da Universidade Federal do Rio de Janeiro e permitir a transversalidade por meio de um diálogo profícuo entre os diversos campos do saber, espelhando não apenas a fronteira do conhecimento, mas também criando oportunidades de vinculação entre a comunidade acadêmica e toda a sociedade. O CBAE/UFRJ, de forma análoga à atuação da Enap, tem incentivado, desde sua origem, a cooperação acadêmica, técnica, científica e cultural entre várias universidades ao redor do mundo, possibilitando intercâmbio entre alunos, professores, pesquisadores e corpo técnico por meio do acolhimento de pesquisadores nacionais e internacionais com contribuição relevante para o conhecimento científico, para a cultura e para as artes. Sua atuação tem-se inspirado nas mais variadas experiências internacionais e nacionais de Institutos de Estudos Avançados. O CBAE/UFRJ busca a convergência de esforços para promover um diálogo responsável e crítico por meio de caminhos pedagógicos diversificados, criando oportunidades para a difusão e o aprofundamento de novas epistemologias e linguagens. Tal posicionamento responde à sua missão de desvendar novos caminhos de pesquisa, aproximar diversas visões de mundo, fomentar a pluralidade de pontos de vista científicos e promover a transdisciplinaridade em suas múltiplas dimensões: econômica, social, cultural, ambiental, artística, científica e tecnológica.

 

Curso 4: Capitalismo, Democracia e Economia Política do Desenvolvimento

Docentes: Renato Boschi, Carlos Henrique Santana e Arnaldo Lanzara

Duração: 10 dias (30 horas), com sessões diárias de 3 horas.

Data e Horário:

14 a 18 de agosto (09h às 12h) - Remoto pela plataforma Zoom, link será enviado aos inscritos.

 28 de agosto a 01 de setembro (09h às 12h) -Presencial na Enap, sala 206.

Ementa do Curso: “Entre fins dos anos 1980 e o ápice da crise hipotecária de 2008, o tom triunfalista dos regimes produtivos liberais enfatizava o fim da concorrência entre regimes políticos e o esgotamento de agendas alternativas de desenvolvimento. A monocultura institucional vendida pela literatura ortodoxa não autorizava criatividade nos arranjos institucionais e nas políticas macroeconômicas, condenando infratores, sejam eles intelectuais ou nações, como apóstatas. Os desdobramentos da crise de 2008 abriram espaço para novos horizontes no debate da economia política do desenvolvimento, introduzindo contornos novos e inesperados. Nesse sentido, o objetivo deste curso é discutir a economia política do desenvolvimento no contexto das transformações do capitalismo contemporâneo. Para tanto, a disciplina propõe analisar as relações entre Estado, capitalismo e democracia sob o prisma das mudanças que alteraram radicalmente suas formas de organização nas últimas décadas. Aprimeira parte da disciplina destaca a centralidade das instituições políticas para o desenvolvimento econômico, enfatizando o papel das capacidades estatais e dos processos de democratização nas trajetórias de desenvolvimento que conformaram diferentes tipos de capitalismo. A segunda parte discute a globalização financeira, os processos de liberalização e as transformações tecnológicas como fenômenos que trouxeram substanciais desafios ao “capitalismo organizado”, destacando a gestação de uma perigosa conjunção entre medidas decisionistas de austeridade, crescimento das desigualdades, oligarquização do poder e táticas populistas autoritárias. Quatro eixos se destacam: regressividade distributiva e a crise de legitimidade do modelo de crescimento econômico neoliberal; consolidação eleitoral de forças partidárias de direita radical; emergência das plataformas digitais e sua regulação sobre os regimes produtivos e a sociabilidade democrática; reformas orientadas ao mercado no Brasil, desconstrução das capacidades estatais e desdemocratização. Mesmo aparentemente distintos, esses temas se imbricam, afetando mutuamente seus resultados.”

Perguntas Frequentes

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